O Aeroporto Francisco Sá Carneiro inaugurou ontem, dia 1 de março, uma nova área de controlo de segurança. A abertura desta nova área responde ao objetivo de aumentar a capacidade do Aeroporto do Porto no serviço aos passageiros na zona de controlo de segurança, mantendo elevados padrões de qualidade.

“A capacidade de um aeroporto resulta de uma combinação da capacidade individual de todos os seus subsistemas: check-in, segurança, bagagens até à pista ou mesmo à navegação ou capacidade aérea, por exemplo” explica Thierry Ligonnière, Chief Operating Officer e Administrador da ANA Aeroportos de Portugal. “No caso do Porto, desde 2017 que foram anunciados investimentos que nos permitem servir mais passageiros na zona de controlo de segurança, tendo em vista o aumento de capacidade deste aeroporto, para fazer face ao que prevemos que seja a evolução da procura.”, acrescenta.

Com a inauguração desta nova área, a zona de controlo de segurança do Aeroporto do Porto passa a ter novos sistemas de rastreio, idênticos aos que já tinham sido recentemente implementados em Lisboa e Faro. No total serão implementadas 21 novas linhas de rastreio nos 3 aeroportos. No Porto, serão hoje inauguradas quatro linhas novas, que se espera possam servir 1200 passageiros/hora, capacidade a adicionar à dos equipamentos já existentes. Assim a nova capacidade total deste subsistema aeroportuário beneficiará de um incremento de cerca de 60% em relação aquela que, até hoje, existia.

O Aeroporto de Faro foi percursor na implementação deste tipo de equipamentos, em funcionamento desde 16 de janeiro, tendo desde a sua abertura processado 100.000 passageiros. Para Faro, estes equipamentos representam a capacidade de processar mais 1.200 passageiros/ hora.

Em Lisboa a implementação destes equipamentos, que se iniciou em janeiro, reveste-se de particular importância porque permite maior agilidade e capacidade de processamento num aeroporto de utilização intensa, com uma melhoria imediata embora incremental da capacidade, sem exigir outros projetos de expansão. Antes do inicio do verão, o Aeroporto Humberto Delgado contará com 13 linhas de rastreio (nove no Terminal 1 e quatro no Terminal 2).

Estes novos sistemas representam o “estado da arte” ao nível europeu neste tipo de tecnologias e de entre as principais caraterísticas destacam-se:
• São pioneiros na integração de novos equipamentos de RX (com certificação europeia), que permitem que os artigos eletrónicos possam ficar no interior da bagagem;
• O rastreio de líquidos, é possível, mas estes continuam a ter de ser colocados fora da bagagem e possuem procedimento específico de aceitação para rastreio;
• Permitem o encaminhamento, separação e retorno automático dos tabuleiros onde são colocados todas as bagagens e pertences dos passageiros;
• Possuem um comprimento de cerca de 18 a 21 metros e cada linha automática pesa cerca de 6 toneladas (com o RX);
• Cada linha, permite que 3 passageiros em simultâneo possam colocar as suas bagagens e pertences nos tabuleiros;
• Permitem o “remote screening”, onde o operador de RX poderá fazer a análise das imagens em sala remota no aeroporto, sem o ruído e pressão atual;
• Possuem maior área entre as linhas de rastreio, de forma que possam ser aplicados os processos de segurança de forma eficaz, eficiente e com conforto para o passageiro;
• Permitem a separação automática das bagagens, que necessitam maior detalhe na análise, das restantes que podem ser imediatamente entregues aos passageiros;
• Possuem uma estação de trabalho no final do processo, onde os operadores podem reanalisar as bagagens de forma a certificarem-se que não contêm artigos proibidos;
• Possuem novas e maiores mesas de apoio na saída, de forma a que os passageiros possam recolher os seus pertences e confortavelmente seguir a sua viagem.